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Espanha

De caneta e papel a um legado duradouro

Esta notável equipa de Espanha transformou o que começou por ser uma monitorização da qualidade manual num orgulhoso legado.
Angels team 12 Maio 2020

Located in the port city of Cartagena, southeast of Spain, Hospital Universitario Santa Lucía serves approximately 279,000 inhabitants of the Murcia region. Esta unidade hospitalar juntou-se pela primeira vez à Comunidade Angels no início do ano de 2018, após o consultor Angels ter entrado em contacto com a unidade como parte do plano regional.

Nessa altura, não existiam dados suficientes que permitissem realmente medir a eficiência da gestão dos doentes com AVC no hospital e a coordenação com os Serviços de Emergência Médica (SEM) na região era extremamente limitada. We had estimated the door-to-needle time to be around 60 – 70 minutes, however there was no official registry to refer to.

Led by Dr. Jose Antonio Pérez Vicente, Dra. Maria Dolores Ortega and Dra. Cristina Sánchez Vizcaíno, the neurology department began their efforts by taking a very simple yet effective step: they started writing down relevant data for all stroke cases on a paper registry. No espaço de dois meses, recolhemos dados referentes a um total de 12 doentes recanalizados.

Verificou-se logo uma enorme mudança apenas pelo simples facto de registar e analisar dados durante dois meses seguidos. The hospital managed to reduce their average door-to-CT times to 21 minutes and average door-to-needle times to 43 minutes.

Com estes dados como base, instituímos um grupo de trabalho multidisciplinar no hospital envolvendo os SEM, o SU, o Serviço de Radiologia e o Serviço de Neurologia, bem como a Unidade de AVC e os enfermeiros do SU. Rapidamente concordámos que ainda existia espaço para melhorar a abordagem aos doentes com AVC e decidimos implementar as 4 medidas principais propostas pela Iniciativa Angels – pré-notificação, encaminhamento direto para TC, tratamento na TC e amostras de sangue prioritárias. 

O passo seguinte consistiu em realizar uma simulação do código de AVC envolvendo os SEM, que nos permitiu analisar o protocolo existente, otimizar ações prioritárias com a equipa multidisciplinar e, eventualmente, conceber um novo protocolo para o AVC adaptado ao hospital. Além disso, foi implementado um registo de AVC regional eletrónico nos hospitais que assistem doentes com AVC na região, permitindo à comunidade hospitalar dispor de todas as informações referentes a doentes com AVC.

Hospital Universitario Santa Lucía, Cartagena, Murcia

A grande questão é: em que medida é que estas mudanças afetaram a qualidade do tratamento do AVC proporcionado pelo hospital?

Felizmente para nós, o hospital também estava a participar no estudo espanhol a nível nacional ATALAIA sobre a qualidade da monitorização do AVC. O hospital introduziu um total de 34 doentes recanalizados durante seis meses do estudo, e os seus dados são simplesmente impressionantes!

Dados sobre a implementação do Modelo de Helsínquia
Ações do Modelo de Helsínquia Total de 34 doentes
Transportados pelos SEM 85% (28)
Pré-notificação pelos SEM 64% (18)
Próprios meios dos doentes 15% (5)
Neurologia a aguardar pelo doente 88% (16)
Direto para a TC 81% (13)
Tratar na TC 58% (19)
Amostras de sangue prioritárias 97% (32)

Conforme indicado na tabela acima, quase dois terços dos doentes que chegaram ao hospital de ambulância receberam pré-notificação pela equipa dos SEM – um sinal claro de que as nossas sessões de formação e simulação tinham sido eficazes.

Este pré-aviso desencadeou um efeito de dominó, pois concedeu tempo para que todos na equipa multidisciplinar cumprissem as suas funções na preparação para receção do doente, tais como registar o doente no sistema, garantir a disponibilidade de um equipamento de TC e, inclusive, esperar pelo doente à porta do hospital. During this study, four out of five patients who arrived with EMS prenotification were taken directly to the CT scanner.

“Porta a agulha” atual do hospital: 31,5 min. “Porta a imagiologia”: 20 min.


Procedimentos de recanalização: 70,6% rTPA; 29,4% IV + trombectomia

O que é ainda mais impressionante, estes resultados mostraram que o Hospital Universitario Santa Lucía foi capaz de reduzir os seus tempos “porta a agulha” de uma média de 60 – 70 minutos para apenas 31,5 minutosem apenas alguns meses, colocando-o em quinto lugar na lista de 43 hospitais que participaram no estudo ATALAIA. E ainda, a equipa continua desejosa de mostrar que consegue alcançar uma média “porta a agulha” de 20 minutos, conforme o Modelo de Helsínquia demonstrou ser possível.

Com tempos de tratamento reduzidos para metade, imaginem quantos mais doentes poderão sair do hospital com as suas vidas intactas e sem deficiência permanente, quantos mais sorrisos e quantos mais momentos valiosos serão concedidos aos entes queridos dos doentes.

A equipa de AVC do Hospital Universitario Santa Lucía demonstrou que isto pode ser alcançado num período de tempo relativamente curto, utilizando informações disponíveis gratuitamente e recursos como os proporcionados pela Angels. No entanto, e como a equipa poderá confirmar, o fator principal no seu progresso reside simplesmente na motivação para proporcionar o melhor aos doentes.

Esta equipa extraordinária transformou num legado de que nos orgulhamos de fazer parte, o que começou como monitorização de qualidade manual utilizando caneta e papel. Enquanto aguardamos com expectativa os seus futuros avanços, desejamos que possam continuar a atuar como um exemplo positivo para o resto da Comunidade Angels.

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